Sempre gostei desta curta. É tão real, tão representativa... O Jason é um pouco o espelho do indivíduo citadino, alinhado neste espírito mecanizado, que vive para fazer alguma coisa. Falta o ânimo, a paixão, a ousadia, a felicidade. A vida é um torpor continuado que impressiona, a solidão apodera-se dele. Acorda todos os dias ao mesmo, vai sozinho nos transportes, trabalha rodeado de pessoas mudas e frias. Nada lhe exalta o espírito. Até ao dia em que encontra uma rapariga que o desafia, que o faz começar a sorrir, a fazer disparates censuráveis aos olhos dos outros, mas isso não lhe importa, porque agora, tem algo que o faça acordar entusiasmado e a sorrir. Aos poucos foram-se cativando, tal como a Raposa e o Principezinho. E é aqui que há encantamento nesta curta-metragem, na imagem perfeita do quotidiano, naquilo que nos faz felizes, na forma como a atenção dos outros nos adocica e o inverso, como a solidão, a falta de esperança, dilaceram, mutilam... Espreitem, são 10 minutos e tal que valem a pena.
Tão bonito o filme, Francisco!
ResponderEliminarbjinho
Tenho de concordar, Just! :) Beijinho.
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