segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Canção do Engate - Tiago Bettencourt


Tão boa ou melhor que a original...

Um Feliz 2014





O que eu quero é que 2014 seja um ano de coragem! Sim, coragem! Que se vençam os maiores medos, que se dêem os passos em frente que anseiam ser dados, os recuos necessários ao bem-estar e sensatez, as reconciliações com as imagens que surgem repetidamente ao espelho, a coragem de aceitar cada um segundo a sua individualidade, de nos sabermos colocar no lugar do outro. Daí só poderá advir a felicidade e um mundo verdadeiramente melhor. Depois desejo que amem, que tenham saúde e por favor, vivamos mais, melhor, com paixão! Feliz 2014 e coragem!

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Conversar

Hoje já deitado e envolto nos meus pensamentos, percebi melhor a razão dos meus silêncios, de alguns dos meus silêncios. Percebi que hoje em dia, conversa-se pouco. E eu gosto de conversar. Hoje em dia fala-se, diz-se tudo e de tudo, mas conversar poucos o fazem (ou talvez já poucos o saibam fazer). E ao ler um email que a minha querida amiga G. me mandou, a falar do Natal e da nossa amizade, relembrei-me do quanto gosto de falar com ela, só que a distância, o falatório das pessoas, afastaram-me, de certa forma, dos emails, das sms, etc. No entanto ela tem razão, o sentimento não mudou e eu espero em breve poder sentar-me ao seu lado ou caminhar, enquanto conversarmos, porque conversar, principalmente com pessoas que gostamos muito,  é um dos maiores  prazeres da vida.
E neste Natal que para mim é particularmente triste, pois a avó morreu e para mim o Natal é família, a família mudou muito e a minha avó faz-me falta. Faz-me falta fazer as filhós com ela, faz-me falta fazer um dia de viagem e ao chegar, ela dar-me um abraço apertado e encher-me de beijos de tão feliz que ficava por me ver, faz-me falta ver como todos nos uníamos à sua volta, mas acima de tudo, faz-me falta conversar contigo avó. Por isso, neste Natal, não posso deixar de estar grato às pessoas que conversam regularmente comigo, que me preenchem, que me acolhem, que me acompanham, agora e também no passado. Deixo um especial beijinho e agradecimento à amiga G. que tanto me ajudou e apoiou, mas também, à amiga Elisabete, que me oferece toda a sua generosidade e confiança e uma amizade que me emociona bastante.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

A insustentável desfaçatez do ser!



Há alguns dias atrás, andava eu pelo Youtube a ver alguns vídeos de entrevistas antigas dos nossos políticos e achei esta pérola. Confesso, que seria para muitos hilariante, se não causasse tanta repulsa. Assumidamente, sou um grande crítico de Paulo Portas. Personifica o que de pior há na política, a desfaçatez, a posição camaleónica de se transmutar no que mais lhe convém, a falta de palavra, os jogos baixos, os ataques mesquinhos a outros políticos, o criar notícias e burburinho, a arrogância desmedida, a demagogia entranhada e bafienta e por fim, o vazio, o grande vazio que é, fruto talvez de uma ambição desmedida, sem olhar a meios para alcançar os fins. Lamento Dr. Paulo Portas, mas já que elege Winston Churchill como o seu político favorito, digo-lhe que está longe de ser algum dia o Estadista que Churchill foi.

Este vídeo pode ser dividido em 3 partes: a primeira onde Portas fala de política e das suas ideias e convicções, a segunda onde ataca violentamente Cavaco Silva e a terceira onde fala sobre o jornal O Independente e sobre a sua visão de jornalismo.

Na primeira destaco estes excertos:

Paulo Portas: "Os Partidos são uma maçada, (...) e ser militante de um partido é uma grande maçada, porque, normalmente, quem vai para os partidos, (...) os quadros dos partidos, normalmente, são muito medíocres, são pessoas muito medíocres que não têm mais nada que fazer na vida ou que acham que aquela é a forma principal de subir na vida. A mim não me passa pela cabeça nem ir para um partido subir na vida... Os partidos dispensam o mérito."

"Entrevistadora: Não tens ambições políticas?

Paulo Portas: Nenhumas, é uma coisa que eu decidi na minha cabeça, se há coisas definitivas na minha vida e na minha cabeça, uma delas é essa. Eu gosto imenso de política, mas nunca farei política."  
(Pois é Dr. Portas, nós já sabemos o peso que o senhor dá às palavras, sejam elas "definitivo" ou "irrevogável"...)

P.P. : "Eu sou totalmente liberal do ponto de vista económico, mas não me passa pela cabeça aceitar, por exemplo, a União Política da Europa em consequência da União Económica da Europa. Eu não aceito que uma utopia liberal, que aliás não é liberal, a Europa em termos reais não é liberal, é muito burocrática, muito regulamentadora e muito socialista, no sentido filosófico do termos. Eu não aceito que uma utopia de mercado de 320 milhões de pessoas dê cabo da ideia de nação ou dê cabo da ideia de Pátria." 
(Meu caro amigo, ao vivermos numa época onde não há regulação dos mercados desde Thatcher e Reagan, nós estamos à mercê dos mercados, e à sua auto-regulação desenfreada, por isso os nossos juros sofrem tanto meu amigo. E consequentemente, as pessoas e o país. Já não é uma utopia de mercado é uma realidade, que actualmente subscreve.)

Na segunda parte, onde vai bem longe nas críticas a Cavaco Silva:

P.P. : "O Doutor Cavaco Silva é tudo e o contrário de tudo!"

P.P. : Eu acho injustas três comparações que se fazem com o Doutor Cavaco. Acho injusto comparar o Doutor Cavaco com o Dr. Salazar.

Entrevistadora: É injusto para quem?

Paulo Portas: Para o Dr. Salazar em muitas coisas, porque o Doutor Cavaco não é democrata nem deixa de ser. O Dr. Salazar era voluntariamente anti-democrata. Era a opção dele, ou seja, tinha preocupações e pensamento político. O Doutor Cavaco não tem, nessa matéria.  
Em segundo lugar, o Dr. Salazar escrevia admiravelmente, como é sabido (...) e em terceiro lugar era um cínico como eu acho que não se repete na vida política portuguesa, e eu acho, que o Doutor Cavaco, para estabelecer mais duas diferenças: como se sabe não escreve nada de especial nem fala nada de especial, é mesmo muito maçador, e também não é cínico como o Dr. Salazar. Está longe disso, está longe dessa, desse raffinement no exercício do poder.

Quanto à terceira parte, no final do vídeo, não vou destacar nenhum excerto, apenas refiro que é evidente a forma como lida com as notícias, defendendo que a sua interpretação delas é válida e necessária, não aceitando assim críticas de deturpação, mas defendendo-se com a tese da interpretação. Curiosa, esta isenção jornalística...

Ver este vídeo, mostra-nos bem a coerência do nosso vice-primeiro-ministro e a forma como tem passado por entre os pingos da chuva, até ter chegado onde chegou. Aludindo ao título do meu post, é de facto insustentável, tamanha desfaçatez.


quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Nouvelle Vague - In a Manner of Speaking






Tenho andado distante, infelizmente, os estudos, a faculdade e tudo o resto, pouco tempo me deixam para passar por aqui. Como me disse a minha querida professora de Filosofia uma vez: "Francisco, a vida é a sério!". E tem razão!
No entanto, venho cá hoje falar um pouco de música, ou melhor dizendo, falar um pouco de uma das minhas músicas favoritas (e uma das bandas musicais favoritas), das que pertencem ao grupo de músicas da minha vida. In a manner of speaking interpretada pelos Nouvelle Vague, banda francesa que quase exclusivamente interpreta covers de grandes clássicos, de há décadas atrás, tem para mim, uma das letras mais bonitas e que mais me toca, além da melodia da música.
Vou deixar um excerto da música e o link de uma tradução de pouca qualidade, em brasileiro, mas que serve perfeitamente para perceber o sentido da letra, para quem não domina o inglês: 

 http://letras.mus.br/nouvelle-vague/353449/traducao.html 

In a Manner of speaking     
I just want to say
That I could never forget the way
You told me everything
By saying nothing

In a manner of speaking
I don't understand
How love in silence becomes reprimand
But the way that i feel about you
Is beyond words

Oh give me the words
Give me the words
That tell me nothing
Ohohohoh give me the words
Give me the words
That tell me everything

E eu gosto desta música, por falar das palavras, por ser tão metafórica, mas tão verdadeira,  como às vezes se conta tudo, sem dizer nada, olhando, estando perto, ou como outras vezes, tanto falamos, com palavras que nada dizem....