Confesso que me irrita a falsa tolerância. Aquela com que
muitas vezes nos brindam quando gostam de nós. "Aceito-te" porque
gosto demasiado de ti para te dispensar. Fechemos os olhos a essa diferença! Pelo menos até passar
um desconhecido também diferente, tão diferente quanto eu, mas muito mais
insuportável de tolerar. Aí surge a ignorância enraizada, a miopia trituradora
que nada deixa ver além daquilo que se quer e já se viu.
Cai um olhar de repulsa, um distanciamento mínimo de
segurança e tu, ali ao lado, vês que és igual ao adversário, só que com
clemência. E o que cria esse apaziguamento? A tolerância? Não, talvez a
amizade, o amor, que vão matizando as cores demasiado vivas do que não se
aceita.
Você sabe o que penso da tolerância à portuguesa: não é aceitação.
ResponderEliminarAceitar é estender as mãos para abraçar as diferenças; e gostar delas antes de as entender no integral que lhes pertence. É uma disponibilidade que não encontro na tolerância nacionalizada:)
beijinho
Estamos em concordância absoluta então! :))
EliminarBeijinhos